Por: Leo Bardini
Aconteceu em Limeira o primeiro dia do 1º Festival Limeirense de Quadrinhos. Foram diversas atrações do mundo dos quadrinhos reunidos em um só lugar. O festival que começou às 11h teve grande adesão do público e encheu a Oficina Cultural Carlos Gomes.
Logo de cara ao chegar ao festival, você encontra uma sala com deliciosas comidas veganas (até um carnívoro como eu acaba saindo de lá com pelo menos um cupcake ou chips), além é claro de uma grande variedade de quadrinhos, funkos, miniaturas, entre outras coisas, todas à venda para alimentar o delírio dos nerds!
Do lado oposto do corredor você confere a sala das palestras, workshops e convidados, mas deste falaremos daqui a pouco. Indo em frente você encontra outra área com mais uma imensidão de quadrinhos e outros artigos do mundo geek, além é claro da incrível exposição da revista Grilo, que também foi tema da palestra do jornalista Gonçalo Jr. Também há a exposição “O mundo fora da caixa: exposição de figuras de ação” do grande Davi Gouvêa e do Robert Scharlack.
Na área externa da Oficina Carlos Gomes estava acontecendo a Arena Ciméria, onde o clã Magnus Legio trouxe o louvor das batalhas medievais para o festival. Com eles você pode aprender básico para travar uma heroica batalha de swordplay, com direito a variedade de armas e vestimentos.
Mas voltando à entrada do evento, assim que você entra já é possível fazer a sua inscrição para as palestras e workshops. E quem inaugurou o espaço foi o artista Maicon Medeiros, e seu workshop sobre tirinhas. Nela, o fundador do Estúdio Monolito apresenta os primeiros passos para se construir uma tirinha, desde o roteiro até o rascunho da ilustração.
Logo em seguida tivemos a palestra do jornalista Gonçalo Jr., sobre a revista Grilo e suas publicações ácidas, em plena ditadura militar. Ele vai além da narração, e nos conta tudo o que ele descobriu após muita investigação sobre assunto, mostrando u cenário da censura que fica totalmente nos bastidores dos livros didáticos.
Na sequência o papo foi com o editor, Alexandre Callari, que é responsável pela DC Comics dentro do Brasil. Callari (que também é escritor), possui um acervo de aproximadamente 17 mil quadrinhos, os quais ele vem colecionando desde a infância.
Em sua palestra, o editor nos conta sua trajetória, os altos e baixos e como foi entrar de cabeça no mundo dos quadrinhos como editor. Criador do livro Apocalipse Zumbi, que em breve ganhará seu terceiro livro fechando assim a trilogia, Callari explica como com toda sua garra e perspicácia tem conseguido alcançar seus objetivos. E como ele mesmo diz, citando uma frase de um antigo professor, “5% é paixão e 95% suor na camisa”.
E fechando o circuito de palestras do primeiro dia do Festival Limeirense de Quadrinhos, o artista e ilustrador Daniel Andrioli. Este que também é arquiteto, hoje como segundo emprego e até mesmo forma de praticar usa paixão pelos desenhos, trabalha com a ilustração de livros e quadrinhos independentes.
Em sua palestra, que era mais um bate-papo, Andrioli conta os alto e baixos de se publicar algo de autoria própria no Brasil, além de explicar todo o processo para a elaboração de uma. O ilustrador baseia toda suas produções nos traços dos quadrinhos europeus, além é claro de fazer estes de forma convencional, com lápis, nanquim e aquarela.
E por fim, mas nem um pouco menos importante, durante esse dia tão cheio de atividades, o festival ainda recebeu os cosplayers, mostrando toda sua arte para aqueles que prestigiam o evento.
Mais algumas momentos do primeiro dia do Festival Limeirense de Quadrinhos.